quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Polícia Federal e Ministério Público apuram desvio de verba pública do SUS no Amapá


A Polícia Federal e o Ministério Público Federal no Estado do Amapá desencadearam nesta quinta-feira a Operação Dis Pater, com o objetivo de identificar e colher provas a respeito de organização criminosa estabelecida na Secretaria de Estado de Saúde do Amapá, montada para desviar verbas do Sistema Único de Saúde (SUS), em parceria com empresários locais. A Polícia Federal cumpriu nove mandados de prisão, uma prisão preventiva e 8 prisões temporárias, além de15 mandados de busca e apreensão e ordens de sequestro de bens e valores, bloqueio de contas bancárias, fiança e de suspensão de exercício de função pública, todos expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal no Estado do Amapá. Segundo a Polícia Federal, a investigação teve início há três anos. A investigação mostra que a organização criminosa teve origem no esquema criminoso desvendado pela Operação Sanguessuga da Polícia Federal. Alguns suspeitos já haviam sido presos nas operações Pororoca e Mãos Limpas. No decorrer da investigação foi apontada ainda a participação de servidores da Secretaria de Saúde e do Tribunal de Contas do Estado do Amapá. Segundo a Polícia Federal, o grupo operava um esquema de direcionamento de licitação e superfaturamento em contratos de prestação de serviços da Secretaria de Saúde, o que acabou gerando um desvio de verbas públicas estimado, por perícia, em mais de R$ 10 milhões dos cofres públicos nos últimos cinco anos. Após os desvios, para disfarçar a origem criminosa dos recursos, algumas empresas utilizavam laranjas para ocultar os proprietários reais. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Macapá e Oiapoque e no Distrito Federal, em residências, fazendas e empresas dos envolvidos, bem como em um órgão público estadual.

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