terça-feira, 27 de novembro de 2012

Quadrilha vendeu dados de ministro, senador e prefeitos


A Operação Durkheim, deflagrada pela Polícia Federal nesta segunda-feira e que resultou até o momento na prisão de 25 suspeitos, revelou a existência de uma quadrilha formada por policiais (federais, civis e militares) e funcionários de bancos e empresas telefônicas que negociou os dados financeiros e telefônicos de pelo menos 10.000 pessoas. Outros oito suspeitos ainda são procurados. Pelo menos 180 vítimas foram identificadas. Entre elas estão um senador, um ministro, dois prefeitos, dois desembargadores, um banco, uma retransmissora de TV e inúmeros empresários, que tiveram seus dados violados. Segundo as investigações, os membros da quadrilha se apresentavam como detetives particulares, mas na realidade operavam um verdadeiro “atacado” de informações sigilosas, que incluíam extratos de telefone, informações bancárias e bancos de dados de órgãos policiais. Durante a ação, a Polícia Federal cumpriu 87 mandados de busca e apreensão, incluindo um na casa do presidente da Federação Paulista de Futebol e vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero . Entre os presos em seis estados, dez são policias – dois federais; cinco civis e dois militares. Há um também um gerente de um banco e dez funcionários de empresas de telefonia. Nenhum nome foi divulgado. Segundo a Polícia Federal, funcionários de bancos e empresas telefônicas recebiam de 30 reais a 50 reais por extrato bancário ou telefônico de alvos apontados pela quadrilha. Depois, o núcleo que negociava com os “clientes” vendia esses dados por um valor superior, que poderia alcançar 300 reais.

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