domingo, 4 de novembro de 2012

Suíça aceita revelar contas de Menem, acusado de corrupção


A Justiça suíça autoriza a abertura das contas ex-presidente Carlos Menem para a Justiça da Argentina, aceitando as acusações que pesam contra ele por ter acumulado uma fortuna graças a propinas pagas por multinacionais para ganhar contratos e licitações de obras no país. Os advogados de Menem ainda poderão apelar da decisão ao Supremo Tribunal Federal da Suíça. As informações foram relevadas pelo jornalista Juan Gasparini, e confirmadas pela Justiça. Para os juizes de Genebra, as provas entregues por Buenos Aires os convenceram de que Menem participou ativamente de acordos de suborno que chegavam a US$ 25 milhões e recebeu propinas da empresa empresa francesa Thales em um contrato de obras públicas em 1997. Na licitação, a empresa concorreu sozinha. Menem permaneceu como presidente de 1989 a 1999. O dinheiro estaria depositado no banco UBS de Genebra e vinha sendo solicitado pela Justiça argentina desde 2010. Menem teria fechado as contas em 2004, retirando cerca de US$ 1,5 milhão e levado a outro paraíso fiscal. Em 2004, o então presidente Néstor Kirchner anulou o contrato com a empresa.

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