terça-feira, 27 de novembro de 2012

Vereadora de município baiano nega tráfico de crianças


A vereadora do município da Encruzilhada (BA), Maria Elizabete Abreu Rosa, acusada de tráfico de crianças, negou nesta terça-feira na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas, instalada na Câmara dos Deputados, que tenha participado de um esquema ilegal de adoções. Ela admitiu que intermediou três adoções de crianças com o consentimento das mães e sem ter recebido qualquer benefício. “Não tenho nenhum envolvimento com doações ilegais. Acompanhei três processos de adoção e nunca recebi nada por isso. Muitas mães que querem doar seus filhos porque não têm como cuidar deles são minhas amigas e, por isso, me procuram”, explicou Elizabete. A CPI deve votar nesta quarta-feira requerimentos de quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico da vereadora. Acompanhada de um advogado, ela contou que, no município de Encruzilhada, há o que chamou de “tradição” de mães pobres entregarem os filhos para serem criados por famílias, da própria cidade ou de outras localidades, com melhores condições financeiras. Ela atribuiu as acusações de tráfico de crianças a divergências políticas locais. Segundo ela, um vereador que disputava a presidência da Câmara Municipal forjou uma adoção, com ajuda de uma organização não governamental, para tentar incriminá-la.

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