terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Alckmin não fez como o peremptório Tarso Genro e resolveu botar os interesses da sua CEEE, a Cesp, em primeiro lugar


O governador paulista Geraldo Alckmin recusou a antecipação da  renovação de concessões para a Cesp, que equivale à CEEE de São Paulo, argumentando que as exigências do governo federal quebrariam a estatal de energia elétrica. Ao aderir ao acordo proposto, as tarifas da energia fornecida pela Cesp poderiam cair 20%. A medida provisória 579, que prevê a renovação das concessões de energia elétrica por vencer com redução nas receitas, provocou a ira de acionistas privados, contrariou governadores e derrubou a cotação das ações, produzindo insegurança entre investidores estrangeiros e brasileiros, que alegam quebra de contratos. No Rio Grande do Sul, por ordem do governador Tarso Genro, a CEEE aderiu ao diktat do governo Dilma Rousseff. A CEEE terá uma perda de 60% das receitas com os segmentos de geração e transmissão, o que jogará seus lucros ao chão, segundo admite a companhia, que aderiu ao plano na quarta-feira.Os empreendimentos de transmissão da companhia gaúcha receberão uma compensação de R$ 661,08 milhões, enquanto que, para os complexos de geração (12 hidrelétricas), não estão previstas indenizações. No total, as usinas do Grupo CEEE que estão relacionadas no processo de renovação das concessões somam cerca de 420 MW (em torno de 11% da demanda média de energia do Rio Grande do Sul). (Políbio Braga)

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