quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Brasília rende sua última homenagem a Oscar Niemeyer


Brasília recebeu nesta quinta-feira o corpo do arquiteto Oscar Niemeyer, na cidade construída há meio século, para render-lhe uma última homenagem. O caixão de Niemeyer, coberto com a bandeira brasileira, chegou em um avião da Presidência vindo do Rio de Janeiro, sua cidade natal e na qual faleceu na noite de quarta-feira, aos 104 anos, e foi recebido na Base Aérea de Brasília por uma guarda de honra militar. Após um percurso de vários quilômetros sob sol forte até o Palácio do Planalto, o caixão subiu a rampa da sede presidencial ladeado pelos Dragões da Independência, honra reservada para os chefes de Estado. Vestida de preto, a presidente Dilma Rousseff, que estava acompanhada pela viúva de Niemeyer, Vera Lucia, esperou na parte superior da rampa a chegada do corpo e aplaudiu quando o caixão do premiado arquiteto e militante comunista entrou no palácio. A governante decretou luto oficial de sete dias pela morte do arquiteto. Para Brasília, Niemeyer desenhou, entre outros, os palácios do Planalto (sede da Presidência), da Alvorada (residência oficial) e do Itamaraty, o Congresso Nacional, o Palácio de Justiça, a sede do Supremo Tribunal Federal e dos ministérios, que estão alinhados um ao lado do outro ao longo de uma esplanada, assim como a catedral. Em sua tarefa criativa, o artista teve como parceiro o urbanista Lúcio Costa, que projetou o Plano Piloto sobre o qual se traçou a capital brasileira, uma cidade que começou a ser construída no meio do nada em 1956, que foi inaugurada em 1960 e que por sua arquitetura singular foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade da Unesco em 1987. Niemeyer, que exerceu a arquitetura desde 1934 quase até o final de seus dias, desenhou mais de 600 obras que estão espalhadas por diversas cidades brasileiras e de países como França, Espanha, Itália, Estados Unidos, Argélia e Arábia Saudita, entre outros.

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