quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

COI pede sentido de urgência para organizadores do Rio-2016


Falta aos organizadores dos Jogos de 2016, no Rio de Janeiro, um "sentido de urgência" na preparação do evento, principalmente no que se refere às obras de infra-estrutura e os locais que serão usados pelas diversas modalidades, principalmente o golfe. O alerta foi dado pelo presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, ao ser questionado em sua última coletiva de imprensa do ano, nesta quarta-feira. O belga, que se afasta do estilo adotado pela Fifa, optou por uma mensagem diplomática, mas não sem um tom de alerta. "Indicamos basicamente que estamos felizes com progresso no Rio. Mas pensamos que eles precisam ter um maior sentido de urgência, porque o tempo está passando", declarou. Há dois dias, o COI já havia indicado que, diante dos problemas que se acumulavam no Rio, havia chegado o momento de alertar que o "tempo estava se esgotando". Rogge deixou claro que a preocupação se refere principalmente às obras de transporte, hospedagens e locais de eventos. "Definitivamente isso é algo que precisa ser resolvido o mais rapidamente possivel", disse Rogge. "Um exemplo das preocupações é o golfe", afirmou. O terreno designado pelos organizadores para a modalidade é ainda alvo de disputas. Mas o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, garantiu ao COI que uma solução está sendo encontrada. O COI também admitiu que, para o Rio de Janeiro, terá de refazer radicalmente seu sistema de distribuição de ingressos. O Comitê de Ética do COI confirmou que a cúpula de pelo menos quatro comitês olímpicos nacionais usaram as entradas que receberam para Londres-2012 para revendê-las no mercado negro. Uma delas foi o comitê olímpico grego, punido por desviar entradas. Seu presidente, Spyros Capralos, tentou argumentar que a venda no mercado negro tinha como objetivo arrecadar dinheiro para financiar a preparação de atletas. Mas o argumento não foi aceito e o COI disse que o dirigente manchou a "reputação" do movimento olímpico. Cartolas da Lituânia, Sérvia e Malta também foram pegos vendendo entradas.

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