quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Dilma em cadeia nacional para informar que a conta de luz caiu menos por culpa dos tucanos. Imaginem o estrago.


Ninguém discute a razão dos governadores tucanos. Mas não se trata de ter ou não razão. Se trata de impedir um desconto maior na conta de luz, pois é assim que vai chegar ao eleitor. O PSDB afunda cada vez mais, sabem por quê? Porque não tem projeto. Porque é cada um por si. Porque não tem estratégia. Porque ninguém conversa com ninguém. É ou não é? A redução da conta de luz em 2013 pode ficar menor que o anunciado pela presidente Dilma Rousseff em cadeia nacional de rádio e TV no início de setembro. A promessa era cortar, em média, 20,2% da tarifa, mas, com a resistência de algumas empresas em renovar suas concessões, o desconto cai para 16,7%. Os técnicos do Ministério de Minas e Energia afirmam que ainda não desistiram de alcançar o corte anunciado. O governo vai estudar alternativas, como reduzir impostos e outros encargos.  As companhias de geração de energia de São Paulo (Cesp), Minas Gerais (Cemig) e Paraná (Copel) não aderiram ao pacote de energia. Apesar da divergência, a Cemig não descartou a possibilidade de recorrer à Justiça para manter as regras atuais para três hidrelétricas. Os acionistas das empresas consideraram os novos preços da energia e a indenização muito baixos. Com a recusa, continuarão vendendo energia pelas tarifas atuais até 2015 e 2017. O governo federal jogou a culpa pelos problemas do pacote em São Paulo e Minas Gerais. "A decisão dessas empresas, principalmente as companhias de São Paulo e Minas Gerais, de não renovar seus contratos sob novas bases, é a causa de, hoje, não podermos anunciar o corte na conta de luz pretendido pelo governo federal", disse o secretário executivo de Minas e Energia, Márcio Zimmerman. Os técnicos desconversaram quando questionados sobre eventual influência política na decisão. Os governadores dos três Estados são do PSDB, de oposição. Anteontem, o senador Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais (2003-2010), foi lançado pelo partido como pré-candidato à sucessão de Dilma nas eleições de 2014. Os técnicos do governo criticaram a decisão tomada por Cesp, Cemig e Copel. Segundo Zimmerman, "essas companhias privilegiaram seus acionistas, e não a população brasileira". Ah tá..... quer dizer, então, que sociedades anônimas são constituídas para fazer benemerência com o dinheiro de seus adionistas? E os governadores dos Estados donos dessas companhias também não devem responder perante a lei de responsabilidade fiscal?

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