segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Eletrobras diz que correção nas indenizações reforçou decisão de renovar concessão


O diretor financeiro e de relações com investidores da Eletrobras, Armando Casado, disse nesta segunda-feira que a correção feita pelo governo Dilma no pagamento das indenizações, para a renovação antecipada dos contratos de concessão do setor de energia elétrica, apenas reforçou a decisão pela aprovação da proposta. “A complementação da (Medida Provisória) MP 591 saiu na sexta, apenas no final do processo. Ela trata basicamente de ativos anteriores a 2000. A rede básica do sistema existente estava desconsiderada na MP 579”, explicou. Na última sexta-feira, o governo aumentou em cerca de R$ 800 milhões, totalizando R$ 20,8 bilhões, o pagamento em indenizações para os contratos assinados antecipadamente, a parte das usinas e transmissoras. A quantia visa compensar investimentos que não serão amortizadas via tarifa. “Imediatamente a isso (MP 591) demos comando às empresas para fazer o levantamento dos montantes. O montante contabilizado está na ordem de R$ 11 bilhões. Não quer dizer que o total será considerado para contemplar a indenização, é um valor contábil, ainda é preciso descontar a depreciação. Mas é um montante significativo, então a indenização também será, lembrando que os valores serão corrigidos, ao longo dos 30 anos de pagamento”, comentou. A Eletrobras ainda vai calcular indenizações referentes a ativos de geração, por conta do Decreto 7.850, publicado nesta segunda-feira, que prevê pagamentos pelos investimentos em melhorias realizados ao longo das concessões. A adesão da Eletrobras ao processo é fundamental para que o governo federal consiga reduzir a conta de luz no Brasil, na média, em 20 %, em 2013. Cerca de dois terços de todos os ativos de transmissão e geração de energia alvos da renovação pertencem à empresa.

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