segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Manifestantes ocupam prédio da Presidência em São Paulo para pedir desapropriação de assentamento


Moradores do Assentamento Milton Santos, de Americana (SP), que haviam ocupado na manhã desta segunda-feira o prédio da Presidência da República, na Avenida Paulista, em São Paulo, deixaram o local por volta das 15h10. Os organizadores informaram a presença de 150 manifestantes, enquanto a Polícia Militar estimou a participação de 70 pessoas. É a terceira ocupação feita pelo movimento no local para pressionar o governo federal a dar “uma solução definitiva” sobre a área assentada. Os assentados pedem agilidade do governo federal para resolver a disputa jurídica envolvendo a área que ocupam há quase sete anos. Em assembleia ocorrida na tarde de hoje, os assentados decidiram deixar o local, mas devem permanecer em São Paulo, já que preparam um novo ato para esta terça-feira. As famílias têm até 15 dias, após serem notificadas - o que ainda não ocorreu - para saírem do local, já que há um mandado de reintegração de posse a ser cumprido. Com a ocupação do prédio da Presidência, os assentados pretendiam pressionar o governo Dilma para fazer a desapropriação do terreno por interesse social, única medida legal que pode reverter a ordem de despejo. “Estamos muito apreensivos. São 68 famílias, mais dez famílias de agregados, que vivem no local. Estamos lá há bastante tempo. Já temos nossas casas construídas. Já acessamos todos os créditos, como o Pronaf, e inclusive estamos produzindo”, disse Luciana Henrique da Silva, uma das assentadas que esteve em São Paulo. Segundo Luciana, o assentamento existe desde 2006. “Era uma área que já tinha sido ocupada outras vezes por outras famílias de sem-terra. Estávamos acampados em uma outra área e tínhamos sido despejados. Esse processo caminhou na Justiça e o Incra nos encaminhou para essa área em dezembro de 2005. Mas houve alguma reversão na Justiça, que concedeu reintegração de posse para os antigos proprietários”, disse Luciana.

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