quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Mantega estima em 4% crescimento da economia no ano que vem


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, estima em 4% o crescimento da economia brasileira no ano que vem. Pelas estimativas do mercado financeiro, neste ano, a economia crescerá apenas 1%. "Existe a possibilidade de crescermos de 4% a 4,5% em 2013. As avaliações do mercado estimam expansão de 3% a 4%. Com base nas previsões, acredito que 4% é um bom número para o próximo ano", disse Mantega. De acordo com o ministro, o crescimento da economia ajudará o Brasil a alcançar a meta do superávit primário.Sobre a economia mundial, ele acredita que haverá uma melhora nos Estados Unidos: “A melhora já está no setor imobiliário, bem gradual, e também no consumo. Se não houver maiores problemas, os Estados Unidos poderão contribuir com uma parcela maior no crescimento". Mantega destacou que o Brasil está exportando mais manufaturados para os Estados Unidos, após as mudanças na política de câmbio, que demoram para ter efeito: "No Brasil, vejo um 2013 começando melhor do que 2012, com a economia acelerando, e não desacelerando, com bases mais sólidas para o crescimento, com competitividade e redução de custos financeiro, tributário e de energia". Em relação à China, o ministro se diz otimista porque a economia do país asiático voltou a acelerar no segundo semestre, impulsionando a compra dos bens agrícolas e minerais brasileiros. Notícias ruins, porém, vêm da economia da Argentina, com os entraves às exportações brasileiras, disse ele, mostrando-se pessimista também em relação ao continente europeu. "Da Europa, eu não espero nenhuma boa notícia. Se olharmos o terceiro e o quarto trimestres da Europa, é só desaceleração. A Europa está com crescimento negativo e a locomotiva, a Alemanha, com forte desaceleração", ressaltou. Segundo Mantega, a Alemanha terá crescimento de apenas 0,7% este ano e os resultados ruins se repetirão nos demais países do continente, mas ressaltou que o estresse financeiro foi reduzido. Sobre o superávit primário em 2013, o ministro não quis adiantar se cumprirá a meta cheia, de R$ 155,9 bilhões (3,1% do Produto Interno Bruto) no próximo ano. Para ele, as perspectivas da economia para o ano que vem ajudarão a  alcançar tal valor. Neste ano, a meta original de superávit primário totalizava R$ 139,8 bilhões. No entanto, por causa da queda da arrecadação e do baixo crescimento do PIB, o governo reduziu a meta em R$ 25,6 bilhões, ao usar o mecanismo que permite o abatimento de gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do esforço fiscal.

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