domingo, 16 de dezembro de 2012

Ministério Público de Tocantins denuncia prefeito petista por crimes no lixo


O procurador-geral de Justiça do Tocantins, Clenan Renaut de Melo Pereira, pediu ao Tribunal de Justiça o afastamento do prefeito de Palmas, Raul Filho (PT). A solicitação consta em denúncia na qual o procurador enquadra o prefeito petista e outras 11 pessoas em crimes como formação de quadrilha, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, apropriação indevida, dispensa e fraude de licitação e falsidade ideológica. O procurador-geral diz, ainda, que "uma quadrilha foi mantida ao longo dos dois mandatos do atual prefeito visando dar aparência de legalidade aos contratos que favoreceram a Delta Construções no valor total de R$ 116.980.831,79". Entre os 11 denunciados estão a primeira-dama e deputada estadual Solange Dualibe (PT), os irmãos dela, Pedro, ex-secretário de Governo, e Kênia, ex-presidente da Comissão de Licitação da prefeitura, e Carlinhos Cachoeira. Baseada nas investigações da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a denúncia aponta que o prefeito petista Raul Filho e Sílvio Roberto Moraes de Lima negociaram com Carlinhos Cachoeira para captar recursos destinados à campanha de 2004. Em contrapartida, haveria favorecimento da empresa Delta Construções em licitações. A Delta trabalha para a prefeitura de Palmas desde 2006, quando venceu uma licitação. Em julho deste ano, a pedido do Ministério Público Estadual, a Justiça suspendeu contrato de R$ 71,9 milhões firmado em 2009, com validade até 2014, para a coleta de lixo e limpeza pública na capital do Tocantins. Determinou, também, a quebra dos sigilos bancário e fiscal da empresa e do chefe de licitação da prefeitura de Palmas, Gilberto Turcato de Oliveira, do engenheiro da prefeitura, Luiz Marques Couto Damasceno, ex-responsável pela fiscalização do contrato, e também do ex-secretário de Infraestrutura, Jair Correa Júnior. O petista Raul Filho, flagrado em vídeo, em 2004, em conversa com o bicheiro, também foi incluído no relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira.

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