terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Ministério Público Federal denuncia dirigentes do MST por extorsão em Goiás


O núcleo de combate à corrupção do Ministério Público Federal em Goiás denunciou à Justiça Federal os dirigentes da organização clandestina e terrorista MST, Belchior Viana Gonçalves e Paulo Roberto de Souza, por ameaça e extorsão no Assentamento Canudos, localizado em Palmeiras de Goiás (GO). Os dois foram presos em operação policial deflagrada no mês passado. O procurador Raphael Perissé denunciou que, "por meio de ameaças e coações, os estelionatários se apossavam dos valores obtidos pelos trabalhadores rurais em operações financeiras, oriundos de incentivos federais como Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e Cheque-Moradia". Segundo a denúncia, os dois dirigentes estavam na região desde 2001, "para ali fazer valer as regras impostas pelo MST". O procurador afirmou que Belchior é de São Paulo e foi enviado pela entidade dos sem-terra para ocupar a condição de dirigente do agrupamento local: "Ali, recrutou Paulo Roberto, conhecido como Paulo Bala, para ser o seu braço direito, fiscalizando e impondo as suas determinações, bem como as do movimento agrário". Conforme a denúncia, Belchior e Paulo, em 2005 e 2006, fraudaram informações (superdimensionamento de projeto) para obter recursos no Pronaf, por meio do Banco do Brasil. Outra conduta criminosa apontada pelo procurador é a de "coação, mediante grave ameaça, dos assentados, para contratar operações financeiras mediante fraude". O procurador diz que a dupla exigia dos trabalhadores rurais "propinas e outras vantagens" e chegavam até mesmo a tomar os materiais de construção que eram destinados aos assentados.

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