terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Oposição quer levar Marcos Valério ao Congresso


Diante da revelação, feita por Marcos Valério à Procuradoria-Geral da União, de que dinheiro do Mensalão do PT foi usado para pagar despesas pessoais do ex-presidente Lula, a oposição quer ouvir no Congresso o empresário, condenado a mais de 40 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal por ter operado o esquema de corrupção petista. O PPS pediu, na manhã desta terça-feira, a abertura imediata de inquérito para investigar o ex-presidente. Já o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias, afirmou que iria protocolar um convite para que Marcos  Valério fale ao Senado. Na semana passada os tucanos já haviam protocolado representação pedindo a abertura de investigação sobre a atuação de Lula no esquema do Mensalão do PT.  “Diante das declarações dadas ao Ministério Público não resta outro caminho. É abertura imediata de inquérito”, defendeu Roberto Freire, presidente nacional do PPS. Já o líder do partido na Câmara, Rubens Bueno, criticou o silêncio de Lula sobre o caso. “Agora vem à tona a confirmação do que já sabíamos, ele era o verdadeiro chefe do Mensalão. O lamentável é que, em vez de se explicar à nação, Lula se esconde no Exterior”, afirmou. O ex-presidente está em viagem a Paris, ao lado da presidente Dilma Rousseff. Para Alvaro Dias, uma audiência com Marcos Valério serviria para, além de esclarecer as informações prestadas pelo operador do Mensalão ao Ministério Público, proteger o publicitário, já que o próprio Marcos Valério afirma temer pela sua vida. Alvaro Dias acrescentou que “este é um capítulo do mensalão ainda não escrito”. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), tentou desqualificar as revelações de Marcos Valério: “O senhor que disse não tem autoridade para falar sobre o presidente Lula,  que é um patrimônio do País, da história do País, por toda sua vida, por tudo que ele tem feito”. Presidente da Câmara, o nano deputado federal Marco Maia (PT-RS) seguiu a mesma linha. “Dar ouvidos a esse cidadão agora nesse momento seria dar ouvidos a um criminoso”, disse. “Insistir nessa tecla é tentar manter vivo um tema que já foi superado, que já foi discutido à exaustão pelo Brasil, pelo País, pela Câmara, pelo Senado, pelo Supremo, enfim, por todas as instâncias”.

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