domingo, 2 de dezembro de 2012

Petista Mercadante admite: "Há indícios concretos contra servidores"



O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, admitiu na sexta-feira que há "indícios concretos" de que os dois servidores do Ministério da Educação denunciados pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, cometeram crimes. "As denúncias são fundamentadas e consistentes. Eles desonraram a função e há indícios de corrupção passiva", diz em referência a Márcio Alexandre Barbosa Lima, da Secretaria de Regulação do Ensino Superior, e Esmeraldo Malheiros dos Santos, assessor jurídico da pasta desde 1983. A declaração de Mercadante foi dada durante participação em evento promovido pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), em São Paulo. Pela investigações da Polícia Federal, Lima cedeu sua senha particular de acesso ao sistema do ministério para Paulo Rodrigues Vieira, diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), que teria utilizado as informações em benefício da Faculdade de Ciências Humanas de Cruzeiro (Facic), da qual sua família é dona. Em uma conversa interceptada pela Polícia Federal, Vieira pede a Patrícia Baptistella, diretora da Facic, para alterar dados da instituição. Pelo cargo que ocupa, Patrícia tem uma senha do sistema cadastral do MEC e autonomia para fornecer dados da Facic. E foi desta forma que alterou em 20% o faturamento da faculdade. Segundo a polícia, Santos também ajudou a quadrilha em tarefas ilícitas. "Foram quatro anos de investigações e Santos aparece várias vezes falando com os envolvidos", admite Mercadante.


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