sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

PT acusa mídia de criminalizar partido no País


Em resolução sobre as eleições municipais divulgada nesta sexta-feira, o diretório nacional do PT acusa a imprensa brasileira e a oposição de promoverem uma "campanha feroz" para criminalizar o partido no País. No documento, o comando do PT defende a "democratização da comunicação social" para evitar que a mídia influencie no processo eleitoral, como a cúpula petista diz ter ocorrido na disputa municipal de outubro. Petistas admitem "impacto" do mensalão nas eleições municipais "O resultado foi obtido em meio a uma feroz campanha promovida pela oposição de direita e seus aliados na mídia, cujo objetivo é o de criminalizar o PT. A voz do povo nas urnas suplantou, mais uma vez, os que vaticinavam o desaparecimento do Partido dos Trabalhadores", diz a resolução. No documento, o PT cobra a regulamentação da mídia brasileira, apesar de o partido afirmar que defende "a mais ampla liberdade de expressão": "A Constituição brasileira tem inscrito princípios que afirmam essa liberdade e que devem ser regulamentados levando também em consideração os novos e amplos meios de comunicação". Segundo a resolução, a "democratização da comunicação social" vai evitar que ocorram "campanhas midiáticas com o claro objetivo de incidir no processo eleitoral, como ocorreu nestas eleições". Dirigentes petistas reconhecem que o partido perdeu em alguns lugares estratégicos em consequência do julgamento do Mensalão do PT, pelo Supremo Tribunal Federal. O partido, porém, não faz menção ao julgamento na resolução. O partido diz que precisa corresponder a um novo ciclo de democratização e participação popular, numa espécie de "mea culpa" de que precisa modificar alguns de seus princípios - como as alianças regionais firmadas com partidos da base de apoio da presidente Dilma Rousseff. "A eleição apontou a existência de problemas nacionais que devem ser enfrentados. Em diversas situações, não por falta de esforço do PT, não se viabilizou a frente com partidos situados à esquerda do espectro partidário brasileiro e que se aliaram ao PT desde a primeira eleição de Lula. E, nesse caso, também a tendência foi sempre de maior risco de derrota", diz o documento. Na resolução, o partido diz ainda que há "possibilidade de dispersão" de forças aliadas, inclusive em localidades onde foram criadas "frentes anti-PT com partidos cujo lugar coerente seria ao lado do PT". "Não devemos, portanto, subestimar as possibilidades de a oposição, num quadro diferente do atual, vir a ampliar sua base política e social", diz o texto. A resolução foi elaborada durante reunião do diretório nacional do PT.

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