quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Relatório de Inflação gera incertezas e juros têm alta


Os investidores em juros ficaram desconfortáveis com o Relatório Trimestral de Inflação divulgado pelo Banco Central e puxaram as taxas futuras de juros para cima nesta quinta-feira. A leitura é que a autoridade monetária se mostrou otimista com a inflação, diante do atual cenário de pressões de preços e do quadro fiscal do governo, que segue com desonerações e política expansionista. O relatório do Banco Central reforçou que a estabilidade das condições monetárias por um período de tempo "suficientemente prolongado" é a "estratégia mais adequada" para garantir a convergência da inflação ao centro da meta, de 4,5%, afastando a idéia de ajuste da Selic. Ao término da negociação normal na BM&F, o juro do contrato para janeiro de 2014 (317.625 contratos) estava na máxima de 7,14%, de 7,08% no ajuste, enquanto o DI para janeiro de 2015 (229.300 contratos) indicava 7,82%, também na máxima, de 7,69% na quarta-feira. "O relatório deixou incertezas e o resultado é alta das taxas. O documento me pareceu muito passivo para o cenário atual de pressões inflacionárias. Além disso, haverá reajuste dos combustíveis em 2013, o que não foi considerado", afirmou o sócio gestor da Leme Investimentos, Paulo Petrassi. No documento, o Banco Central aumentou a projeção de inflação para este ano, mas diminuiu a estimativa para 2013. Ambas ficaram acima do centro da meta. Para 2012, a previsão é inflação de 5,7%, uma alta de 0,5% em relação ao relatório anterior. A inflação passaria de 5,5% no segundo trimestre de 2013 para 4,9% no terceiro trimestre, mantendo-se ligeiramente abaixo de 5,0% em 2013 e 2014.

Nenhum comentário: