quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Senador Alvaro Dias afirma que Dilma não tem "aptidão" para exercer liderança política


Em discurso ao plenário nesta quinta-feira, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que a presidente da República, Dilma Rousseff, não tem "aptidão" para exercer a liderança política que lhe cabe em virtude do cargo. Na avaliação do senador, o Poder Executivo se ausenta de debates e negociações importantes para o País. "A presidente Dilma não tem aptidão para o exercício da liderança política, não exerce a liderança de presidente da República para administrar conflitos. Esteve ausente do debate da redistribuição dos royalties. Não comparece pessoalmente e escolhe mal quem a representa", disse. Ao comentar o livro "Em Defesa da Política", de Marco Aurélio Nogueira, o senador afirmou que nem Executivo nem Legislativo têm contribuído para o resgate da confiança da população na classe política. No livro, comentou Alvaro Dias, o autor questiona como ficaria a sociedade sem os políticos e "quem faria o que eles fazem?". Para o senador, o Poder Executivo é condescendente e conivente com a corrupção, e a atual oposição no Congresso Nacional é a menor da história do País. Alvaro Dias afirmou que o Executivo estimula o fisiologismo, o oportunismo e a desonestidade nas relações com a base aliada. "O governo, ao reduzir o espaço da oposição, reduz o espaço da crítica, da denúncia e da fiscalização. E pode errar mais confortavelmente, pode abrir as portas da corrupção, porque para bancar, para sustentar, para alimentar a enorme base de apoio, é obrigado a abrir os cofres públicos, e o que se vê é a repetição dos escândalos de corrupção", atacou. Alvaro Dias também criticou o fato de o Congresso Nacional ter acumulado mais de três mil vetos presidenciais na fila de votação. Esse dado demonstra, segundo ele, que o Parlamento também está se ausentando de seus deveres. "Ou a presidente Dilma assume a sua responsabilidade e impõe-se como líder, comanda o processo, articula a busca de consenso, administra conflito de interesses entre unidades federativas, ou a crise se aprofundará no próximo ano", disse o senador, referindo-se principalmente às questões do pacto federativo.

Nenhum comentário: