domingo, 2 de dezembro de 2012

Tribunal de Justiça de São Paulo teve sigilo violado


A Operação Durkheim da Polícia Federal apontou que entre as vítimas de uma quadrilha especializada na quebra ilegal de sigilos estão o Tribunal de Justiça de São Paulo, o ex-secretário de Reforma do Judiciário, Sérgio Renault, o prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), e o ex-jogador da seleção brasileira de futebol Luizão. O relatório da operação deflagrada na última segunda-feira indica que a quadrilha obteve um extrato com mais de cem ligações feitas em julho e agosto de 2011 de um telefone de um setor técnico do Tribunal de Justiça paulista em Guarulhos. No relatório concluído no início de novembro, a Policia Federal indicou que ainda não havia apurado os motivos que levaram à quebra do sigilo do telefone do tribunal. "De qualquer forma, salta aos olhos a ousadia dos investigados, que mostram absoluto destemor aos poderes constituídos e crença na impunidade dos crimes que praticam", afirmou a Polícia Federal. O juiz Rodrigo Capez, assessor da presidência do Tribunal de Justiça, disse que a violação foi um "fato isolado" e não mostra fragilidades no sistema de proteção de dados do Tribunal de Justiça. Segundo Capez, a quebra ocorreu por "descontrole da operadora responsável pela guarda dos dados telefônicos" do Tribunal de Justiça, que realiza constantes varreduras para evitar violações em seus registros. Além do setor técnico do Tribunal de Justiça, o desembargador Luiz Fernando Salles Rossi também foi vítima da quadrilha. Os criminosos conseguiram uma declaração de imposto de renda do magistrado.

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