terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A esperteza do Haddad.

Sabendo que a dívida dos Estados e municípios será renegociada, Fernando Haddad (PT-SP) atacou o governo, para assumir a paternidade da mudança que vem sendo gestada há muito tempo, com a participação de vários partidos. Quer ser a estrela no encontro dos novos prefeitos que ocorre no final do mês em Brasília. Afirmou que o governo federal age como "agiota" no atual contrato da dívida com Estados e municípios e que, a partir da abertura do ano legislativo, em fevereiro, procurará os presidentes da Câmara e Senado para pedir a aprovação rápida do novo acordo, encaminhado pela presidente Dilma Rousseff ao Congresso no fim de 2012. O novo acordo prevê mudança no indexador da dívida pública. Sairia o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) + 9%, no caso da capital paulista, para ser utilizada a Selic - taxa básica de juros da economia - ou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) + 4%, o que for menor. "Estarei com os presidentes das duas Casas para falar da importância de aprovar essa mudança ainda este ano. Para São Paulo, cada mês é importante porque a cidade sofre com esse acordo desde 2000", afirmou Haddad. O petista elogiou a presidente Dilma por "quebrar o tabu" e renegociar a dívida, que, diz, é insustentável. "O governo cobra juros maiores do que paga para rolar sua própria dívida. O objetivo da União não pode ser enriquecer às custas dos municípios, e a presidenta Dilma sensibilizou-se com isso", afirmou. Hoje, a dívida paulistana é de aproximadamente R$ 60 milhões, mais que uma vez e meia o orçamento municipal. A renegociação do estoque, segundo o prefeito, será discutida com o Congresso.

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