quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Artista cigana Ceija Stojka, sobrevivente do Holocausto, morre aos 79 anos


A artista cigana Ceija Stojka, cujo trabalho ajudou a expor a perseguição nazista ao seu povo, morreu na segunda-feira, aos 79 anos, em um hospital de Viena. Sobrevivente do Holocausto, Stojka escreveu um dos primeiros relatos autobiográficos de ciganos (ou "romanis") sobre a perseguição nazista, num livro intitulado "Vivemos em reclusão - as memórias de uma romani", de 1988. Além disso, ela passou décadas se dedicando a falar do seu povo pela música e a arte. Os ciganos, como os judeus, foram enviados para campos de concentração pelo regime nazista alemão durante a Segunda Guerra Mundial. Até 1,5 milhão deles morreram. Nascida na Áustria, Stojka sobreviveu a passagens pelos campos de Auschwitz, Bergen-Belsen e Ravensbrueck. Apenas cinco outros membros de sua família, que tinha mais de 200 pessoas, sobreviveram. "Busquei a caneta porque precisava me abrir, gritar", disse a ativista em uma exibição de 2004, no Museu Judaico de Viena. Stojka começou a pintar aos 56 anos, muitas vezes usando os dedos ou palitos em vez de pincéis. Muitas das suas obras aludem à experiência nos campos de concentração, e eram descritas como "assustadoras" e "infantis" por visitantes em exposições dela mundo afora.

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