quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Associação gay envia ao Itamaraty pedidos de passaporte diplomático


Depois de o governo conceder passaportes diplomáticos a seis líderes de igrejas evangélicas nesta semana, a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) decidiu enviar, nesta quinta-feira, um ofício ao ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, solicitando a concessão do documento a 14 integrantes do grupo. A assessoria de imprensa do Itamaraty informou que, recebido formalmente o pedido, ele será analisado. Na mensagem, o presidente da associação, Toni Reis, diz que “soube pela mídia” que o governo havia autorizado a emissão de passaportes diplomáticos aos representantes de entidades religiosas, e justifica o pedido dizendo que a ABGLT também atua em todo o mundo. “Tendo em vista que a ABGLT também atua internacionalmente, tendo status consultivo junto ao Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas, além de atuar em parceria com diversos órgãos do Governo Federal, vimos solicitar que sejam concedidos da mesma forma passaportes diplomáticos para os/as integrantes da ABGLT relacionados a seguir, para que possam realizar um trabalho de promoção e defesa dos direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) nos 75 países onde ser LGBT é crime e nos 7 países onde existe pena da morte para as pessoas LGBT”, diz a mensagem. Na edição do Diário Oficial de quarta-feira, o ministro Antônio Patriota assina duas portarias em que concede o documento ao pastor Romildo Ribeiro Soares, o R.R. Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus, e sua mulher, Maria Magdalena Bezerra Ribeiro Soares, e ao pastor Samuel Cássio Ferreira, da Assembléia de Deus, e sua mulher, Keila Campos Costa. Na última segunda-feira, o Itamaraty concedeu passaportes diplomáticos a Valdemiro Santiago de Oliveira e Franciléia de Castro Gomes de Oliveira, da Igreja Mundial do Poder de Deus. Em 2011, R.R. Soares e a mulher já tinham recebido os documentos. Na mesma época, foi publicada a concessão do passaporte diplomático ao cardeal Geraldo Majella Agnelo, da Igreja Católica, a pedido da Arquidiocese de Salvador.

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