terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Bombacha justa – Ao vivo, Olívio Dutra, um dos fundadores do PT, cobra a renúncia de Genoino e diz que o agora deputado e José Dirceu permitiram que “dinheiro público fosse usado para negociatas”


Ex-governador do Rio Grande do Sul, o petista Olívio Dutra, conhecimento como "Exterminador do Futuro" (desde que expulsou a Ford do Rio Grande do Sul) disse, nesta segunda-feira, durante programa ao vivo da “Rádio Guaíba”, que o deputado federal José Genoino (PT-SP) não deveria ter assumido o mandato após ter sido condenado a 6 anos e 11 meses pela participação no esquema do Mensalão do PT. Sem saber que seria confrontado, no ar, com o corrupto e quadrilheiro José Genoino, Olivio Dutra teve que repetir o que havia dito. O ex-governador criticou ainda o que considerou as “más companhias” do PT e o aparelhamento do Ministério das Cidades. “Eu acho que tu deverias pensar na tua biografia, na trajetória que tem dentro do partido. Eu acho que tu deverias renunciar. Mas é a minha opinião pessoal, a decisão é tua. Não tenho por que furungar nisso”,  disse ele a Genoino, que negou durante entrevista ter cometido algum crime. “Não contrariei norma sobre a conceituação do que é crime. Fiz escolhas políticas. Não podemos misturar isso com crime. Não fiz prática criminosa enquanto fui presidente do PT. Os dois empréstimos que avalizei estavam registrados no TRE e foram respondidos judicialmente pelo partido. Em relação ao julgamento do STF eu respeito, mas não tem nada definitivo. Quando elas forem, eu as cumprirei, mesmo que eu discorde. Isto faz parte da democracia". Olívio Dutra disse ainda que os corruptos e quadrilheiros José Dirceu e José Genoino possibilitaram “negociatas” com dinheiro público. Ele defendeu a possibilidade de o PT explicar os erros cometidos: “Nem (José) Genoino nem (José) Dirceu tiraram dinheiro pra si, mas possibilitaram que outras figuras usassem o dinheiro público para negociatas e outras práticas que mancham a atividade política. O PT está tendo que se explicar sobre práticas que os inimigos costumavam se explicar". Ele afirmou na entrevista que avisou sobre as más companhias: “Eu avisei em uma ocasião que íamos sofrer com as más companhias. Más companhias que não são somente aquelas de fora para dentro, mas também de dentro do partido à medida que vão chegando pessoas. Na medida que tu tens cargos para oferecer, há pessoas no partido que não conhecem nada da história nem da razão de ser. O PT falha nisso e deixa de ser uma escola política e passa a agregar pessoas por conta dos cargos".

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