quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Chegada da P-63 a Rio Grande reforça time de gigantes no pólo naval

Plataforma P63

Rio Grande, cidade-sede do pólo naval gaúcho, recebeu mais uma gigante nesta quinta-feira. A P-63 atracou durante a tarde no estaleiro da Quip, onde será finalizada e convertida em plataforma de petróleo. Pela primeira vez, três plataformas podem ser vistas ao mesmo tempo no porto do sul do Estado, enquanto um casco está sendo erguido dentro do dique seco do Estaleiro Rio Grande (ERG). E, mesmo sendo o maior volume de construções até agora desde o início da indústria offshore, a região ainda não vive o pico de contratações previsto para o setor. O auge desta fase da indústria naval deverá ocorrer na segunda metade do ano. Nessa época, o Estaleiro Brasil (EBR), na cidade vizinha de São José do Norte, começará a ser construído, o que atrairá pelo menos dois mil trabalhadores ainda em 2013. Ao todo, cerca de 15 mil pessoas deverão atuar diretamente na indústria naval no sul do Estado. A rigor, a chegada da P-63 não altera o panorama de empregos de Rio Grande. Isso porque a Quip já estava construindo os módulos antes de o navio atracar na cidade. Assim, as cerca de 1,5 mil pessoas envolvidas no projeto deverão continuar com suas funções. Também em razão desta antecipação, a tendência é que a plataforma fique pronta rapidamente. A previsão da Quip é que ainda no primeiro semestre de 2013 ela já possa começar a viagem para a Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, onde atuará no Campo de Papa Terra. A P-63 traz duas diferenças em relação às demais plataformas construídas no Estado. A primeira é que o projeto é totalmente brasileiro. Desde a montagem do projeto básico até o comissionamento (início da operação), tudo foi executado pela Quip. A segunda é que ela será operada por um consórcio entre a Queiroz Galvão (uma das acionistas da Quip) e a BW Offshore por um prazo de 30 meses antes de ser entregue definitivamente à Petrobras. Normalmente, as plataformas são assumidas pela Petrobras assim que chegam ao local de extração de petróleo. A manobra de entrada da P-63 ocorreu sem qualquer transtorno. Com boas condições climáticas e de maré, a gigante de 334 metros de comprimento por 58 metros de largura e 70 metros de altura foi transportada por cinco rebocadores desde a entrada da barra até o estaleiro. Lá, assumiu o lugar onde estava a P-58, que, por sua vez, foi levada para a parte nova do cais da Quip. A plataforma será do tipo FPSO (produção, processamento e armazenamento de petróleo) e terá capacidade para processar 180 mil barris de petróleo por dia. O investimento é de mais de R$ 2,5 bilhões.

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