terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Com estoques baixos de milho, governo Dilma faz compra emergencial


O governo Dilma anunciou nesta segunda-feira a compra, em caráter emergencial, de até 300 mil toneladas de milho para a recomposição dos estoques públicos e posterior venda a preços subsidiados para pequenos produtores do Nordeste, que sofrem com a escassez do produto em função da seca em meio a preços historicamente altos. A ação foi estabelecida em Medida Provisória publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira. Com a compra, o governo mais que dobrará os estoques atuais do cereal, que estão em 250 mil toneladas, de acordo com dados do Ministério da Agricultura. O volume é baixo considerando que nos últimos anos os armazéns públicos tinham mais de 1 milhão de toneladas do produto. Em janeiro de 2007, por exemplo, o governo tinha mais de 2 milhões de toneladas de milho, segundo o ministério. Com os preços altos do milho no ano passado, o governo reduziu drasticamente os seus estoques de milho, com operações para amenizar a escassez do produto em determinadas áreas. Em 2012, foram realizadas vendas de 602 mil toneladas para os pequenos produtores a preços subsidiados, em operações com valores entre 21 e 29 reais por saca. A título de comparação, os preços no mercado estão acima de 30 reais por saca em várias praças importantes. Ao mesmo tempo em que reduz seus estoques para atender áreas com déficit de oferta, o governo está impedido de realizar as tradicionais operações de compras, com exceção das emergenciais, uma vez que tais aquisições públicas só podem ser realizadas, por lei, quando o preço no mercado está abaixo do valor mínimo de garantia de custos, o que não é o caso atual.

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