quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Dilma não estava de vermelho


Representação reclama de vestimentas de Dilma A presidente Dilma Rousseff, que preza por modelos discre­tos, não poderia imaginar que um blazer nada decotado pode levá-la à dar explicações ao Ministério Público. O PSDB, maior partido de oposição, reclamou da cor do casaco usado por ela na semana passada, durante pronunciamento de TV no qual anunciou a redução da tarifa de energia elétrica. Os tucanos levaram na terça-feira o caso, junto com outras queixas, à Procuradoria-Geral da República, por verem uso da máquina pública com fins de promover a candidaturar à reeleição de Dilma. "A presidente Dilma usou roupas vermelhas no pronunciamento oficial em uma clara referência às roupas vermelhas utilizadas na campanha de 2010, fazendo alusão à cor do seu partido", diz a petição, que apontou outros detalhes que comprovariam o tom eleitoreiro na apresentação. Mas o blazer da discórdia, neste caso, é inocente, segundo o cabeleireiro Celso Kamura, que arrumou pessoalmente a presidente antes da gravação, e confirmou o que o vídeo e as fotos já dão a entender: as vestes, na verdade, não são de tonalidade vermelho-PT, mas "eram sem dúvida ro­sa chiclete Ping-Pong", segundo definição do "hair stylist". O deputado Carlos Sampaio (SP), novo líder do PSDB na Câmara, admitiu que ele e o grupo que analisou o vídeo não se ativeram às nuances de pigmento, mas minimizou a importância do assunto. "Entendemos ser vermelho, mas isso é um detalhe pequeno que faz parte de um contexto. Ela pode usar a cor que bem entender, só quisemos mostrar a mudança no comportamento dela. É a primeira vez que aparece nessa cor porque em pronuncia­mentos anteriores, como no último, ela vestiu preto com uma renda branca por cima." Quem falou com a estilista Luisa Stadlander, que assina a maioria dos modelos usados por Dilma, disse que ela está chateada com a polêmica. Ela se recusa a falar publicamen­te sobre o assunto. O fato é que os tucanos acertaram ao dizer que Dilma vem apresentando mudanças no visual. "Em doses homeopáticas", comenta Kamura.

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