sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Ditadura da Venezuela abre processo contra TV e rádios que não veicularam discurso sobre saúde de Chávez


O diretor da Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel) da Venezuela, Pedro Maldonado, disse nesta quarta-feira que abriu um procedimento administrativo contra três emissoras de Caracas que não transmitiram, na quinta-feira, o pronunciamento do ministro de Comunicação e Informação da Venezuela, Ernesto Villegas, em cadeia nacional de rádio e televisão, sobre a saúde do ditador Hugo Chávez. Maldonado destacou que o ministro Villegas anunciou com antecedência que haveria a cadeia nacional e alegou que o procedimento administrativo é baseado na violação do Artigo 10 da Lei de Responsabilidade de Rádio e Televisão venezuelana, que obriga os meios de comunicação a transmitir discursos oficiais do presidente, do vice-presidente e do ministro de Comunicação e Informação. Segundo Maldonado, as emissoras de televisão La Tele, e de rádio, Candela Pura 91.9 e Es 96.9, foram notificadas nesta sexta-feira e terão que apresentar seus argumentos de defesa à Conatel. Diante das incertezas causadas pelos rurmores sobre o agravamento do estado de saúde de Chávez, a ditadura venezuelana promove uma campanha para tranquilizar a população. As autoridades venezuelanas acusam a oposição de estimular o clima de dúvidas no país. Em seu pronunciamento, na noite de quinta-feira, o ministro Ernesto Villegas leu um comunicado oficial e disse que há uma “guerra psicológica” no país com o objetivo de “desestabilizar” a região. É de fato um tipo desqualificado. Quem desestabilizou a Venezuela foi o ditador Hugo Chavez, disputando uma eleição quando sabia que sequer poderia assumir o novo mandato, como agora está comprovado. Por outro lado, a oposição a Chávez cobra mais informações sobre o estado geral de saúde do ditador. A cerimônia de posse de Hugo Chávez, reeleito em outubro, está marcada para o dia 10. Pela Constituição, se ele não assumir, o poder ficará interinamente com o presidente da Assembléia Nacional (Parlamento), Diosdato Cabello, e devem ser convocadas novas eleições em até 30 dias.

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