quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Governo de São Paulo fará internação compulsória de drogados com crack


O governo de São Paulo passará a fazer internações compulsórias de drogados com crack no Estado, ou seja, sem a necessidade do consentimento do usuário da droga. A ação deve começar em dez dias, com foco na região da cracolândia do centro da capital paulista. Um grupo de juízes, promotores e advogados poderá determinar a internação dos dependentes, a partir da orientação de uma equipe médica, mesmo que os usuários recusem o tratamento. Segundo o governador Geraldo Alckmin (PSDB), o objetivo da medida é proporcionar o tratamento dos casos mais graves de dependência química. Os usuários de crack serão levados por parentes ou agentes de saúde e assistência social do governo para o Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), que fica na região da cracolândia do centro de São Paulo. "É um trabalho de internação involuntária, para casos mais graves, que comprometem a vida e a saúde das pessoas. Já vai ter no Cratod o juiz, o promotor e o advogado. Então acho que estamos avançando no combate ao crack", disse Alckmin, na manhã desta quinta-feira, após a inauguração do Bom Prato da região de Perus, no noroeste da capital paulista. Alckmin é médico. A Justiça paulista, o Ministério Público do Estado e a comissão antidrogas da OAB participarão do programa. O governo estuda se a internação involuntária valerá somente para adultos ou também para menores de idade. Alckmin fez nesta quinta-feira um balanço da operação de combate ao consumo de crack na cracolândia do centro de São Paulo, que completa um ano. O governador disse que as ações do governo e da prefeitura da capital internaram mais de mil pessoas e prenderam traficantes de drogas que atuavam na região.

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