domingo, 27 de janeiro de 2013

Índio não quer FUNAI, CIMI ou a turma da Marina Silva, índio quer dinheiro


Índios da Amazônia têm loteado e "alugado" terras para madeireiros desmatarem e retirarem madeira de forma ilegal, e a preços módicos. Há casos identificados em ao menos 15 áreas indígenas (no Amazonas, Pará, Maranhão, Mato Grosso e Rondônia), com base em investigações da Polícia Federal, Ministério Público e relatos de servidores da Funai (Fundação Nacional do Índio). Nas transações, madeireiros pagam R$ 15 pelo metro cúbico da madeira, depois revendida por preços na casa dos R$ 1.000,00 de acordo com a Polícia Federal. Além de pagamento em dinheiro, os índios também aceitam aparelhos eletrônicos, bebidas ou até mesmo prostitutas, conforme relatos de funcionários da Funai. A madeira ganha aspecto de legalidade pelo uso de planos de manejo aprovados legalmente para outras áreas, e assim ao mercado. As terras indígenas representam 21,2% da Amazônia Legal. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais apontam que o desmatamento ainda não chegou a grandes proporções nessas áreas. Além da madeira, também existem investigações sobre o envolvimento de índios na extração de minério. Na terra indígena Anambé, em Moju, no Pará, relatório da Funai diz que os índios, após alugarem parte do território a madeireiros, acabaram perdendo o controle sobre a área. O posto da fundação que ficava no local foi abandonado após um funcionário ter sido ameaçado por madeireiros. Relatórios de fiscalização apontam que a madeira do local é levada para Tailândia, pólo madeireiro do sudeste do Pará e que foi alvo, em 2008, da Operação Arco de Fogo, do Ibama e da Polícia Federal.

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