segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Índios jurunas bloqueiam acesso a canteiro de obras de Belo Monte


Cerca de 20 índios jurunas estão bloqueando o acesso a um dos três canteiros de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, estado do Pará, desde a madrugada desta segunda-feira. Segundo a Norte Energia, empresa responsável pela construção e operação da usina, os índios alegam que o empreendimento deixou as águas do rio turvas, impedindo-os de pescar. Para liberarem a pista, os índios estariam exigindo, além de R$ 300 mil a título de compensação ambiental, a construção de poços artesianos nas aldeias. Representantes da Norte Energia e dos jurunas vão se reunir nesta terça-feira à tarde para negociar o fim do bloqueio. De acordo com a assessoria do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), os índios bloquearam a Travessão 27, uma estrada de terra que liga a Rodovia Transamazônica a dois dos três canteiros de obras. Com isso, os 15 ônibus que transportavam os funcionários do turno da manhã não conseguiram chegar até o Sítio Pimental, canteiro a cerca de 69 quilômetros da cidade de Altamira e onde trabalham aproximadamente 4 mil funcionários diretos e terceirizados. O bloqueio causou a interrupção total dos serviços em Sítio Pimental, mas não afetou o acesso aos outros dois canteiros de obras: Canais e Diques, que também ficam na Travessão 27, mas antes de Sítio Pimental;, e Sítio Belo Monte, a cerca de 30 quilômetros do local do bloqueio.

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