terça-feira, 15 de janeiro de 2013

LAUDO APONTA PRESENÇA DE ÓLEO ASCAREL EM RIACHO NO SUL DA ILHA DE FLORIANÓPOLIS, É UM PRODUTO ALTAMENTE CANCERÍGENA, PRAIAS E FAZENDAS MARINHAS DE OSTRAS INTERDITADAS

As águas de parte do Ribeirão da Ilha e Tapera, em Florianópolis, também as da baía sula, podem estar contaminadas com óleo ascarel, produto químico cancerígeno, causado pelo vazamento do óleo de transformadores do antigo Centro de Treinamento da Celesc. O resultado do laudo solicitado pela Fatma, que aponta a presença do produto no canal de drenagem em direção ao mar. A Fundação do Meio Ambiente (Fatma) proibiu a extração de qualquer molusco e peixes em uma área de 730 hectares na região, considerada a principal produtora de ostras de Santa Catarina, líder no cultivo entre os estados do País. O óleo ascarel é banido em todo o mundo. Ele era usado para refrigeração de transformadores de energia elétrica, muito utilizados por empresas de energia e também por clientes industriais com subestações de energia em suas instalações. A prefeitura de Florianópolis prometeu colocar placas de advertência nas praias, quando deveria proibir de maneira terminante o acesso a essas praias. Foram embargadas 28 fazendas de ostras, que refletem em 30% do cultivo no Ribeirão da Ilha. A área embargada fica entre a Praia da Mutuca e a Freguesia do Ribeirão. A contaminação teria ocorrido em 16 de novembro, mas a denúncia só chegou ao órgão em 20 de dezembro. De acordo com o presidente da Fatma, Murilo Flores, a proibição da extração de moluscos e peixes só veio agora porque os técnicos do órgão não tinham noção de que poderia ter o produto químico no óleo que vazou antes da análise. Mas no mês passado, a Defesa Civil já tinha informado à imprensa sobre a ameaça de conter o ascarel no óleo. Se o óleo ascarel é proibidissimo no mundo inteiro, e no Brasil também, há mais de 10 anos, como se explica que a Celesc ainda contiue fazendo uso dele? Isso é absolutamente criminoso. Além dos riscos para a saúde das pessoas, caso as ostras, berbigões e peixes estejam contaminados, também existe o potencial degradação ambiental se o ascarel atingiu o solo do mangue na Tapera. Nesse caso, toda a terra dessa área teria que ser trocada. O óleo ascarel, além de altamente cancerígeno, é também carcinogênico, promovendo deformações em fetos. Segundo Flores, toda aquela terra teria que ser trocada.

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