terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Lula "demite" Ideli e assume articulação política.


O ex-presidente Lula deverá a partir de fevereiro "jogar toda sua energia" na articulação política da base de apoio ao governo Dilma Rousseff, disse na segunda-feira o ex-ministro Paulo Vannuchi, diretor do Instituto Lula. Em mais um indicativo de que o ex-presidente pretende atuar na administração federal, Vannuchi afirmou que a tarefa de Lula será identificar conflitos e trabalhar para manter a união dos aliados. "Lula vai jogar toda sua energia para a manutenção e a consolidação da aliança. Fazer uma agenda de conversas, ver quais são as questões, onde estão as disputas, como fazer para compor as forças", afirmou Vannuchi. No campo governista, a principal ameaça vislumbrada por petistas ao projeto do partido para as eleições presidenciais de 2014 é o PSB do governador Eduardo Campos (PE), nome cotado para o Palácio do Planalto. Auxiliares afirmam que Lula não trabalha com a possibilidade de Campos romper com o PT, mas irá se empenhar junto ao socialista pela manutenção da aliança. "Ele [Lula] tem um papel político a cumprir na constituição da nossa base política e social para 2014", disse o ex-ministro Luiz Dulci, também diretor do instituto do petista. Desde que encerrou as férias, Lula tem dado demonstrações de que pretende ter intensa atuação política em 2013. Como ele está sob ameaça de investigação do Mensalão do PT, precisa muito de um mandato, especialmente o de presidente, para se blindar. Além da articulação no Congresso, ele deve se encontrar com a presidente nos próximos dias para discutir propostas para tentar "destravar" a economia. Além disso, Lula tem mostrado interesse na administração de Fernando Haddad (PT) em São Paulo, sua principal aposta política na eleição de 2012. Na segunda-feira, o ex-presidente se reuniu com parte do secretariado de Haddad, ocasião em que traçou diretrizes para a gestão petista na capital paulista. Segundo aliados de Lula, além da questão do PSB, sua prioridade será atuar para manter a aliança do PT com o PMDB, que ocupa a vice-presidência da República e deve comandar a Câmara e o Senado a partir de fevereiro. Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, disse que o ex-presidente pretende se reunir com as bancadas do Congresso, como fez em 2011, no início do governo Dilma e antes da descoberta de um câncer de laringe, já tratado.

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