quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

MAIS DO MESMO NO DMLU DE PORTO ALEGRE


Sebastião Melo "ungindo" seu indicado André no feudo peemedebista do Lixo, no DMLU

O vice-prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (PMDB), presidiu a mesa no auditório do DMLU (Departamento Municipal de Limpeza Pública) que deu posse a André Carus na direção geral da autarquia, nesta quarta-feira. Na primeira fila do pequeno anfiteatro, lá estava o secretário municipal de Meio Ambiente, ex-deputado estadual Luiz Fernando Zachia (PMDB), réu na ação de improbidade administrativa da Operação Rodin (Detran-RS) que tramita na 1ª Vara Federal de Santa Maria, com a juiz Simone Barbisan Fortes. Veja nas fotos. Confira, foi um cerimônia de unção do delegado dos caciques peemedebistas na chefia do DMLU, um feudo do PMDB, como definiu Cesar Busato na conversa gravada com o ex-governador Luis Afonso Feijó. O PMDB domina o feudo do lixo na capital gaúcha desde o
Zachia (na primeira fila, à esquerda), "ungindo seu indicado Carus no feudo peemedebista do lixo, no DMLU

primeiro governo de José Fogaça. E os peemedebistas têm conduzido um desastre absoluto na gestão (ou melhor dizendo, falta de gestão ) da limpeza pública. No momento, todos os contratos estão vencidos, com empresas contratadas sem licitação, e renovações contratuais semestrais todas com reajustes de preço muito acima da inflação do período. A Justiça mandou paralisar e anular editais de duas licitações abertas pelo prefeito José Fortunati em 2012 (a da coleta do lixo e a da capina, licitações milionárias, respectivamente, de 505 milhões e 70 milhões de reais cada uma). O PMDB ficou de novo com o feudo mais rico da prefeitura, o que comando os contratos que, ao longo de cinco anos, prevêem gastos de um bilhão de reais. Ainda em 2012, o prefeito José Fortunati deu uma entrevista para o programa “Conversas Cruzadas”, exibido pela TV COM, em 26 de dezembro de 2012. Nesse programa, José Fortunati declarou que “a coleta de lixo, recolhimento, não funciona, não tem funcionado, e a cidade tem ficado suja”. O leitor pode acessar aqui a íntegra da entrevista. Entretanto, bastou virar o ano e, nesta quarta-feira, 02 de janeiro de 2013, durante sua posse, o novo titular da autarquia, André Carus, fez uma declaração bombástica: “Sabemos que as coletas regulares do DMLU funcionam, sabemos que há mau comportamento de algumas pessoas, que descartam lixo em locais inapropriados conscientemente, mas sabemos também que boa parte da população precisa ser melhor informada para exercer adequadamente a sua cidadania. Por isso, vamos aumentar a interatividade, a comunicação, entre a população e o poder público. E, claro, também vamos melhorar os mecanismos de controle com base nas novas tecnologias”. Ou seja, ele foi frontalmente contrário ao que entende o prefeito José Fortunati a respeito do assunto, conforme se verifica no vídeo desta postagem. Mas, uma coisa é certa: Porto Alegre continua a mesma, continua suja. E o problema não é um novo modelo de gestão do lixo, como insiste o prefeito Fortunati, e sim a inexistência de gerência de resíduos. O DMLU de Porto Alegre tem pela frente, em 2013, a formatação de novos contratos de emergência e termos aditivos, a serem firmados com empresas privadas, sem que essas prestadoras de serviços se submetam a realização de concorrência pública nos moldes da Lei das Licitações (Lei Federal 8.666/93). O sistema de um prestador único de gestão de lixo, como quer implantar o governo  municpal, e defende veementemente o prefeito José Fortunati, é contestado pelo Ministério Público Estadual, conforme o processo número nº 1.12.0247801-9, ingressado em 16/10/2012 na Justiça do Rio Grande do Sul.


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