terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Partido do Paulinho da Força, o "solidariedade", recebe ajuda dos tucanos.

A criação do Partido Solidariedade interessa ao PSDB, do governador Geraldo Alckmin, do presidenciável tucano, o senador Aécio Neves (MG). Os dois políticos apoiam nos bastidores acriação da nova legenda, que terá inserção no mundo sindical. O principal aliado dos tucanos hoje, o DEM, está enfraquecido desde a criação do PSD, partido fundado pelo ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab em setembro de 2011, que deverá fazer parte do governo federal com, pelo menos, um ministério. Na fundação da legenda, que se tornou a terceira maior bancada do Congresso, 16 parlamentares do DEM, insatisfeitos na oposição, migraram para o projeto de Kassab. Com a debandada dos deputados, o partido oposicionista perdeu tempo de TV no horário eleitoral gratuito, principal ativo de uma legenda nas eleições. Alianças e indicações para cargos na chapa majoritária são negociadas com base nesses minutos. O enfraquecimento do DEM frágilizou o PSDB na construção de alianças eleitorais para 2014, quando o governador paulista tentará se reeleger e Aécio Neves tentará disputar o Palácio do Planalto. Em razão da fragilidade na construção de alianças entre os partidos que fazem oposição ao governo federal, os tucanos começaram a ver com interesse a criação do Solidariedade. A fundação da legenda é vista como uma forma de compensar o enfraquecimento do aliado DEM. De olho numa aliança, Aécio Neves teria pedido ao deputado Fernando Francischini (PEN-PR) que entrasse na futura agremiação, O deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, que está por trás do projeto, disputa atualmente espaço com a direção do PDT, que é governista no âmbito federal. Colocou em curso a criação da sigla como forma de fortalecimento político. Tradicionalmente, Paulinho se alia aos tucanos em São Paulo - o PDT é da base de Alckmin.

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