segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Petista Paulo Vieira fez revelações em diário durante o período em que ficou preso


Reportagem do Estadão revela que durante o período em que ficou detido, o petista Paulo Vieira, preso pela Polícia Federal na Operação Porto Seguro, escreveu em seu diário as situações e relacionamentos com personagens como Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, amante de Lula, e José Weber Holanda, ex-advogado-geral adjunto da União. Ele escreveu 16 folhas. Os registros seguem linha defensiva, não hostilizam ninguém. Ele confirma relações próximas com o ex-senador Gilberto Miranda (PMDB-AM) e com Rose Noronha, ambos alvos da Porto Seguro. Com ela, ressalta, tem "muitos negócios". Aponta que foi padrinho de casamento de Mirela, filha de Rose. Também escreve ser "amigo" ou "muito amigo" de alguns personagens, como Weber Holanda, o ex-número 2 da AGU acusado de facilitar o trâmite de processos que beneficiariam empresas ligadas à organização: "Weber (advogado) - amigo pessoal, conheço do tempo em que trabalhamos no MEC, sempre debatemos diversas matérias jurídicas". Cita ainda a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) ao abordar liberação de um empreendimento portuário de Gilberto Miranda: "Quem provocou o tema foi a ministra do Meio Ambiente". A ministra afirma que nunca tratou do projeto do ex-senador e que jamais se encontrou com seus emissários. Em outras páginas, que intitula "elementos de defesa, o que ouvi do processo", Vieira afirma que os pareceres que redigiu foram solicitados por órgãos públicos: "Era muito comum o pessoal pedir minha opinião em processos (...) pela minha experiência". Ele também reclama das instalações na prisão. "Condição da sala é péssima. Verificar possibilidade de prisão domiciliar", escreveu.

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