quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Petrobras não poderá usar rio para transporte de máquinas do Comperj

A Secretaria do Ambiente do Rio de Janeiro vetou a proposta da Petrobras de usar um rio em uma área de proteção ambiental para transportar equipamentos do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), informou nessa quarta-feira o secretário Carlos Minc. Máquinas de grande porte estão paradas no porto do Rio de Janeiro desde 2011 à espera de uma solução sobre como serão transportadas. O uso do Rio Guaxindiba para o transporte dos equipamentos foi vetado pela Secretaria em conjunto com o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) devido ao impacto ambiental que poderia causar em uma área de proteção ambiental, a APA de Guapimirim. Os equipamentos ultrapesados da Petrobras não têm como ser transportados até o Comperj, em Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro, por estradas convencionais. As máquinas, compradas no Exterior, terão de seguir pelo mar do porto do Rio de Janeiro até um porto em São Gonçalo, que está sendo construído pela estatal. De lá, como não poderão ir para o Comperj através do rio Guaxindiba, seguirão através de uma estrada que também já começou a ser construída por uma empresa contratada pela Petrobras. O ideal para a estatal seria utilizar o rio e a estrada para ganhar tempo. "Inicialmente, a Petrobras disse que seria uma pequena dragagem e não ia afetar muito. Depois, vimos que era maior e os reflexos poderiam ser maiores. Achamos que o custo ambiental, social e político não compensava", afirmou Minc.De acordo com o secretário, as compensações ambientais para o liberação do licenciamento do Comperj já estão em execução. Ao todo, são 600 milhões de reais em compensações que incluem medidas como plantio de 6 milhões de árvores, projetos de saneamento, canalização e distribuição de água nos municípios do entorno do complexo, entre outras iniciativas. A previsão da estatal é que a primeira fase do Comperj comece a operar em 2015. COMENTO: é impressionante a incapacidade de planejamento do setor público, que raia ao criminoso. A Petrobras encomenda equipamentos ultra-pesados e não pensou antes como faria para transportá-los até o destino final. E tudo fica parado por mais de um ano. O nome disso é desleixo criminoso.

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