domingo, 13 de janeiro de 2013

Prefeito de Esteio sentará dia 14 no banco dos réus, e pode ser cassado

O prefeito de Esteio, cidade da Grande Porto Alegre, Gilmar Rinaldi, do PT, sentará dia 16 no banco dos réus, onde responderá as denúncias do Ministério Público Eleitoral, segundo as quais abusou de poderes econômico e políico, usou indevidamente a mídia paga e praticou atos ilegais como agente público, tudo para se reeleger. Os promotores pedem a cassação do mandato do prefeito e a suspensão dos seus direitos políticos. Caso a ação seja acolhida pelo juiz do caso, as eleições de outubro serão canceladas e novo pleito terá que ocorrer. A ação de investigação judicial eleitoral pode causar uma reviravolta no resultado das eleições em Esteio. Na semana passada, a coligação Esteio Merece Mais, formada por nove partidos (PSB, PDT, PPS, PP, PRB, PPL, PSL, DEM e PSDB), apresentou denúncia contra Gilmar Rinaldi e Fladimir Costella, candidatos a prefeito e vice, respectivamente, pela coligação Frente por Esteio, composta por 11 partidos: PT, PMDB, PTB, PCdoB, PV, PSC, PHS, PR, PSD, PSDC e PRTB. A ação foi gerada a partir de denúncia da empresa Lisboa & Cunha Ltda, vencedora da concorrência pública nº 10/2012, da prefeitura de Esteio, cujo objeto foi a construção de unidades básicas de saúde nos bairros Tamandaré e Cruzeiro. Conforme um representante da empresa, que lavrou termo de declarações perante o Ministério Público no dia 27 de novembro, após o empenho das obras, cerca de sete dias antes das eleições municipais ele recebeu ordem verbal para iniciar os trabalhos, colocar os caminhões na rua e fazer “movimento” nos referidos bairros. Dias depois, em 24 de outubro, a empresa recebeu notificação de anulação dos procedimentos licitatórios, sob o argumento de que o Município não havia publicado o edital no Diário Oficial da União, já que a verba era federal. Em reunião na prefeitura, com os secretários da Fazenda, do Planejamento e da Saúde, o representante da empresa, que já havia investido mais de R$ 50 mil, ouviu a sugestão de que “deixasse como estava, pois seria ressarcido de outra forma”. Inclusive um dos secretários, com a concordância dos demais, teria sido explícito ao sugerir aditivos ou convites facilitados em outros contratos. Segundo o representante da empresa denunciante, foram os próprios prefeito e vice que determinaram, pessoalmente, o início aos trabalhos antes mesmo da ordem formal. “Eles disseram que as obras poderiam iniciar, pois tinham que ganhar as eleições”, afirma.

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