terça-feira, 29 de janeiro de 2013

PSDB aciona Dilma por improbidade administrativa


O PSDB entrou nesta terça-feira com uma representação pedindo que a Procuradoria Geral da República apresente uma ação de improbidade administrativa contra a presidente Dilma Rousseff pelo anúncio da redução das tarifas de luz. Os tucanos argumentam que Dilma usou a máquina pública para atacar a oposição e, assim, antecipar sua campanha pela reeleição de 2014. Segundo o vice-líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), em cadeia de rádio e televisão na semana passada, Dilma deixou claro que não falava para Nação, mas a seus eleitores. "Ao invés de falar ao povo, ela definiu o povo como sendo contrários a seu governo ou favoráveis", afirmou." Ela não pode se valer da estrutura do Estado para fazer campanha antecipada. A pergunta que não quer calar é que será que ela vai se valer da estrutura do Estado, dos pronunciamentos, para anunciar o aumento da inflação do ano passado, do aumento da gasolina? Não é possível fazer campanha às custas do dinheiro público", completou. A representação parece ter efeito apenas político, porque é inócua, será rejeitada, Presidente da República não é alvo de ação de improbidade administrativa, mas tão somente de responsabilidade, que só pode ser instalada por três quintos do Senado Federal. Na ação, os tucanos alegam que o pronunciamento usou recursos gráficos semelhantes aos aplicados na propaganda eleitoral de Dilma em 2010. "Ela deixou de usar o brasão da República para usar a logomarca do governo. Ao invés de aparecer o nome Dilma Rousseff, enalteceu-se o nome Dilma, justamente para enaltecer o nome que fez a campanha eleitoral, e ainda usou uma roupa vermelha que é a cor do PT". A declaração de Dilma foi bem recebida pelo PT, que comemorou o tom politizado do discurso. A avaliação era que a presidente precisava responder criticas de eventuais falhas em sua gestão para evitar desgaste na imagem de sua gestão. Para isso, Dilma elaborou o pronunciamento que foi retocado pelo marqueteiro João Santana. Apesar da boa avaliação nas pesquisas de opinião pública, a presidente era alvo de ataques devido à gestão da área de energia, ao pífio crescimento econômico, excesso de intervenção na economia e manobras fiscais para fechar as contas. A estratégia irritou a oposição, especialmente por terem sido tachados como do contra, e provocou reação inclusive do senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato tucano ao Planalto."Na verdade, ela confundiu governo e Nação. Uma coisa é ser contrário a alguns aspectos do governo, isso faz parte da democracia, outra coisa é você tipificar que qualquer pessoa que seja contrária ação de governo seja contra interesses do país", disse Sampaio.

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