segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Sob domínio do PMDB, Senado amplia gastos com pessoal em 57% em 10 anos


José Sarney (AP), Renan Calheiros (AL) e Garibaldi Alves Filho (RN), os três peemedebistas que presidiram o Senado nos últimos dez anos, deixam como legado de suas gestões um aumento real de 57% nos gastos com pessoal e uma  ampliação de 741% no número de cargos comissionados, aqueles ocupados por servidores não concursados. Sob o domínio do PMDB, partido que deve manter sua hegemonia no comando do Senado nos próximos dois anos, com a volta de Renan à presidência, a instituição viveu ainda seu maior escândalo administrativo: a nomeação irregular de funcionários por meio de atos secretos, não publicados nos Boletins de Pessoal. O episódio ensejou inúmeras promessas não cumpridas de reformas administrativas. A folha de pagamentos de pessoal consome anualmente R$ 2,88 bilhões. Há uma década, o custo era de pouco mais de R$ 1 bilhão. Em valores corrigidos, a cifra chega a R$ 1,83 bilhão. Os números, publicados em boletim do Ministério do Planejamento, não incluem o pessoal terceirizado. A expansão salarial acima da inflação que ocorreu desde 2003 supera em quase 20% a verificada na Câmara dos Deputados (38%) no mesmo período. Também é maior que a do governo federal (45%). Somados os efetivos e comissionados, o Senado tinha, no final de 2012, um total de 6.427 pessoas em sua folha de servidores ativos. No início de 2003, eram 3.955 (aumento de 62% desde então). Os não concursados somavam apenas 379 há 10 anos, e hoje são 3.194.

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