quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Vereadora do PT é presa por forjar o próprio sequestro para impedir eleição da mesa da Câmara de Ponta Grossa


Desaparecida desde terça-feira, a vereadora Ana Maria Branco de Holleben (PT), de Ponta Grossa (PR), reapareceu nesta quarta-feira e foi presa, acusada de ter simulado seu próprio sequestro. Segundo o delegado Luiz Alberto Cartaxo, do grupo antissequestro Tigre, a vereadora, eleita para seu terceiro mandato no ano passado, forjou o crime para impedir a eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal. "Não houve sequestro. Houve uma simulação, com o objetivo de proteger interesse próprio. Ou seja, não exercer seu direito de voto junto à Câmara Municipal na eleição da Mesa Diretora", afirmou Cartaxo. A petista Ana Maria Branco de Holleben integra a bancada de oposição ao novo prefeito, Marcelo Rangel (PPS), que concorreu contra o primo da vereadora, o deputado estadual Péricles de Mello (PT), nas eleições do ano passado. São 11 vereadores de oposição, contra 12 da situação. Por causa do episódio, a sessão que escolheria a direção da Casa, a ser realizada na tarde de terça-feira, foi suspensa. O bloco de oposição não compareceu ao ato, que foi adiado por falta de quórum. O falso crime, segundo o delegado, foi admitido em depoimento por um funcionário da vereadora, o motorista Idalécio Valverde da Silva, e sua mulher, Suzicleia Valverde da Silva. "Eles contaram toda a trama", disse Cartaxo. A polícia ainda investiga se houve participação de outros políticos na ação: "Essa possibilidade é real. Entretanto, entre a possibilidade real e a prova cabal, há uma diferença enorme". A vereadora, que ficou em local incerto por 24 horas, se apresentou espontaneamente em um hospital da cidade, em "delicado estado de saúde". Ela foi presa em flagrante e será autuada sob suspeita de falsa comunicação de crime, fraude processual e formação de quadrilha, assim como outras quatro pessoas que participaram da ação.

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