quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Aécio Neves diz em discurso: "Quem governa o Brasil é a lógica da reeleição"


Provável candidato à Presidência da República em 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) fez nesta quarta-feira um discurso em que apresentou o que chamou de "treze fracassos" do PT -  que comemora 33 anos de fundação. O tucano, que é pouco afeito a discursos agressivos em plenário, resolveu ser enfático e fez críticas diretas à presidente Dilma Rousseff, sua provável adversária na eleição. "Não é mais a presidente quem governa. Hoje, quem governa o Brasil é a lógica da reeleição", disse ele. Os treze pontos destacados por Aécio Neves incluíram muitas críticas à gestão da petista. Ele citou maus resultados da economia, o fracasso da Petrobras, a lentidão nas obras do governo e as dificuldades na saúde e na educação. O tucano também defendeu o legado do governo Fernando Henrique Cardoso: "A grande verdade é que, nesses dez anos, o PT está exaurindo a herança bendita do governo Fernando Henrique Cardoso". O parlamentar criticou o que chamou de "intolerância" de parte dos petistas. "Setores do PT estimulam a intolerância como instrumento de ação política, tratam adversários como inimigos a ser batidos, tentam cercear a liberdade de imprensa, atacam e desqualificam os críticos, numa prática eminentemente autoritária". Sem fazer referências diretas ao Mensalão do PT, Aécio Neves também tratou da leniência petista com envolvidos em escândalos de corrupção: "Não falta quem chegue a defender em praça pública a prática de ilegalidades sob a ótica de que os fins justificam os meios". O discurso de Aécio Neves foi criticado pelo senador Lindberg Farias (PT-RJ), que fez um aparte ao pronunciamento do tucano. O parlamentar petista tratou o colega como pré-candidato à Presidência e disse que o tucano não poderia omitir as conquistas dos governos do PT. Em sua reposta, Aécio Neves foi cauteloso sobre 2014: "Minha candidatura não está em pauta ainda. O partido é quem vai decidir". De forma oblíqua, o tucano também respondeu às críticas de que sua postura de oposicionista é pouco firme: "Agir como o PT agiu enquanto oposição faria com que fôssemos iguais a eles. E nós não somos. Não fazemos oposição ao Brasil e os brasileiros".

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