sábado, 16 de fevereiro de 2013

Governo do peremptório petista Tarso Genro sonega a comissão de deputados federais a documentação emitida pelos bombeiros para a boate Kiss


Em sua primeira visita ao Corpo de Bombeiros de Santa Maria, na sexta-feira, a comitiva formada por nove deputados federais não obteve todas as respostas que esperava. A Comissão Externa da Câmara dos Deputados, liderada pelo petista Paulo Pimenta, foi criada especialmente para acompanhar os desdobramentos da tragédia na assassina boate Kiss, que ocorreu em 27 de janeiro e deixou 239 mortos. Em um primeiro momento da reunião, o chefe do Estado Maior do 4º Comando Regional do Corpo de Bombeiros, major Gerson Pereira, contou como foi o trabalho dos bombeiros no combate ao incêndio e resgate às vítimas da tragédia. Conforme o major, após o chamado, os bombeiros levaram cerca de sete minutos para chegar ao local. A equipe deslocada para a boate contava com cinco bombeiros e outros cinco servidores que ainda não completaram o curso. Pereira foi enfático que o principal problema enfrentado foi o acesso ao local. "Ninguém no mundo está preparado para uma situação como esta. Tivemos que retirar os corpos para conseguir entrar na boate. A queima da espuma tóxica fez com que as pessoas desmaiassem antes de conseguir sair e acabaram obstruindo a passagem", disse Pereira. O major Ricardo Vallejos França, comandante do 5º Comando Regional de Bombeiros, em Caxias do Sul, apresentou um vídeo institucional e defendeu o Sistema Integrado de Gestão de Prevenção de Incêndio (Sigpi), que teve sua eficácia contestada por especialistas. Segundo França, o cadastro eletrônico serve para agilizar o processo administrativo e supre as deficiências encontradas no cadastro convencional. O major explicou que, ao contrário do que vem sendo divulgado, o Plano de Prevenção e Contra Incêndio não é um documento isolado, e sim um conjunto de documentos que compõem o plano como um todo. Ao mostrar uma pilha de papéis, França foi enfático ao afirmar que, se depois de fiscalizado, o local sofrer qualquer tipo de alteração, todos aqueles documentos perderiam a validade. "Fraude técnica é não fazer como deve ser feito. Papel não salva vida", opinou França. Por volta do meio-dia, a comitiva deixou o local com a promessa de que, em uma próxima reunião, o cadastro eletrônico referente à boate seria mostrado. Ou seja, foi pura enrolação.

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