sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Mantida, atual política de preços pode agravar importação de combustíveis

A administração da Petrobras parece ter decidido que não mais vai  ficar tentando tapar o sol com a peneira. Por isso, autorizou seu diretor de produção, José Carlos Cosenza, a dar uma entrevista de natureza muito técnica, mas cuja mensagem é clara: se a  política de preços dos combustíveis não for modificada, mesmo que a economia continue crescendo quase nada, o consumo vai aumentar e as importações de derivados - hoje já na casa dos 300 mil barris diários - vai explodir. Cosenza assegura que não se trata de um problema conjuntural, que possa ser resolvido do dia para a noite. Como as refinarias em construção seguem o dinamismo médio das obras do PAC, os problemas só serão definitivamente solucionados lá para 2020, 2022. A Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, começa a funcionar no começo de 2015 (dez anos depois do lançamento de sua pedra fundamental pelos presidentes Lula e Chávez, com quatro anos de atraso em relação à data prometida), a um custo oito vezes superior ao previsto (20 bilhões de dólares, em vez de 2,5  bilhões). Relatório recentíssimo da Agência Nacional de Petróleo, informa que o aumento da importação de combustíveis está esgotando o sistema logístico nacional,  e trazendo  risco concreto  de desabastecimento localizado. Segundo a ANP, a Petrobras registra prejuízos  desde 2004 com a política de não repassar as oscilações do mercado internacional aos preços da gasolina no mercado interno.

Nenhum comentário: