terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Ministério Público denuncia à Justiça 72 estudantes da USP por formação de quadrilha


A promotora Eliana Passarelli, do Ministério Público de São Paulo, apresentou no final da tarde desta terça-feira denúncia à Justiça contra 72 estudantes que invadiram e ocuparam o prédio da Universidade de São Paulo, no final de 2011. Se a denúncia for acolhida, os alunos vão responder por formação de quadrilha, três vezes por dano ao patrimônio público, por pichação e por descumprimento de ordem judicial. A denúncia foi feita no Fórum de Pinheiros, à juíza Angélica Aparecida Correia. “Mas a denúncia será remetida ao Fórum Criminal da Barra Funda por se tratar de crimes com penas de prisão. Eles se uniram para resistir a uma ordem judicial, por isso a denúncia por formação de quadrilha”, disse Eliana Passarelli. De acordo com a promotora, foram denunciados os 72 estudantes presos em flagrante após ocuparem o prédio da reitoria por seis dias e que resistiram à ordem judicial de desocupação. Ele só deixaram o prédio após a chegada da Tropa de Choque da Polícia Militar. "Centenas participaram da invasão, mas só foram denunciados os que ficaram acampados no prédio", disse ela. Em caso de condenação, a pena dos crimes somados pode chegar a até seis anos de prisão. No final de 2011, centenas de estudantes protestaram contra a presença da Polícia Militar no campus da USP. No dia 18 de maio daquele ano, o estudante Felipe Ramos de Paiva foi morto em uma tentativa de assalto no estacionamento da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da USP, por isso a polícia estava no campus, a pedido do reitor. Em setembro, a reitoria da USP firmou convênio com a PM para reforçar a segurança no campus. No final de outubro, centenas de alunos invadiram e ocuparam o prédio da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) para protestar contra a presença da Polícia Militar no campus. No dia 2 de novembro, o prédio da reitoria foi invadido por um grupo de manifestantes. No dia 8 de novembro, a tropa de choque cumpriu a decisão judicial de reintegração de posse do prédio da reitoria.

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