terça-feira, 12 de março de 2013

AÇÕES DA PETROBRAS EM BAIXA, PREJUÍZOS PARA OS TRABALHADORES


Os trabalhadores brasileiros que investiram suas economias do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) em ações da Petrobras estão sendo prejuidicados com a perda de rentabilidade. Dados da Associação Brasileira dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), coletados até 25 de fevereiro deste ano, contabilizam perda de 17,17%, uma das piores rentabilidades em aplicações financeiras. O desempenho negativo apenas nesses primeiros meses já ultrapassa o equivalente a todo o ano de 2012, que apresentou prejuízo de 14,1%. A baixa também acompanha os papéis no mercado acionário. Até o último dia 15, as ações preferenciais da companhia registraram queda de 9,48%, enquanto as ordinárias tiveram recuo de 19,59%. “É preciso mudar a rota da empresa para o caminho da lucratividade e dos investimentos. O problema é que o acionista maioritário, a União, não respeita o minoritário”, explica o economista e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires. Consideradas, até então, bom investimento, por conta do maior retorno em relação aos 4,9% anuais do FGTS tradicional, as ações da companhia têm sinalizado declínio constante desde a crise econômica de 2008, quando os papéis tiveram uma queda de 45,83%.  O acúmulo de resultados negativos acabou corrompendo alguns dos ganhos do passado. O rendimento que, no auge do fundo, chegava a quase 46%, hoje está em 11,12% ao ano. Dos 310 mil trabalhadores que fizeram o investimento no ano 2000, restam, em média, apenas 77,8 mil cotistas. A empresa também teve queda de lucratividade em 2012, com lucro líquido de R$ 21,182 bilhões, 36% menor que o verificado em 2011. Em médio e longo prazo, as ações da Petrobras foram prejudicadas ainda pela capitalização de R$ 120 milhões feita em 2010, que levou à diluição do número de acionistas minoritários.

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