quarta-feira, 27 de março de 2013

Acordo entre Brasil e China vai facilitar comércio em tempos de crise, diz Tombini


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, anunciaram nesta terça-feira um acordo de swap cambial (troca de moedas) no valor de US$ 30 bilhões (cerca de R$ 60 bilhões) com o Banco Central chinês que vai garantir a continuidade do comércio bilateral em caso de crises. “Esse é um passo importante no estreitamento das relações Brasil–China", disse Tombini: "O objetivo é facilitar o comércio entre os dois países independentemente da situação econômica internacional". Os dois países se comprometeram a reservar o montante definido para eventualmente usá-lo em operações de troca de moeda. O acordo visa a proteger os dois países das flutuações na cotação do dólar, moeda na qual é feito atualmente o comércio bilateral. Os US$ 30 bilhões seriam usados em situações de instabilidade da cotação da moeda americana. O acordo foi anunciado em entrevista coletiva realizada em meio à reunião de cúpula do bloco na cidade sul-africana de Durban, e será válido inicialmente por três anos com a possibilidade de renovação caso Brasília e Pequim manifestem essa intenção. Os termos do acordo começaram a ser negociados em julho de 2012, mas Mantega negou que o processo tenha sido apressado pelo acirramento da crise econômica global. "Se fosse por causa da crise teríamos de ter fechado isso antes", declarou o ministro. O montante que os países prometeram reservar para o swap cambial é o equivalente a oito meses de exportações do Brasil para a China.

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