quinta-feira, 21 de março de 2013

Armação na pesquisa de campo da CNI para elevar os índices de popularidade da presidente Dilma


Um dado relevante da pesquisa CNI-Ibope sobre a popularidade da presidente é o período de campo: os eleitores foram ouvidos de 8 a 11 de março, ou seja, exatamente em cima do Dia da Mulher e do pronunciamento em que Dilma anunciou, em tom de campanha, pela TV, o fim de impostos da cesta básica. E um resultado muitíssimo relevante é que a popularidade dela subiu fora da margem de erro e bateu em 85% no Nordeste, região muito populosa, que rendeu votações decisivas para Lula e Dilma e é fundamental para a candidatura Eduardo Campos. Com 85% de Dilma, ele tem pouca margem para trabalhar. E, sem o Nordeste, pode ir tirando o cavalinho da chuva. Enquanto Eduardo Campos tenta se viabilizar e Aécio Neves debate tecnicamente o esfarelamento da Petrobras, a agenda de Dilma é concreta e simbólica, ao mesmo tempo: foto e sorrisos com Francisco, o papa "dos pobres"; redução na conta de luz e no preço do prato que vai à mesa dos brasileiros todo santo dia; pesquisas que demonstram força e sossegam aliados afoitos; ministérios para os partidos; muitas viagens ao Nordeste. Essa estratégia, aliada à imagem de mulher firme, mantém a presidente como favorita. Não evita, porém, a ameaça do segundo turno, que é sempre uma pedreira, e custa caro. A ameaça é bastante real, com Aécio Neves prometendo grande votação em Minas Gerais, Eduardo Campos abrindo uma cunha no Nordeste, Marina Silva acolhendo os "sonháticos" e Fernando Gabeira embalando o voto "cult", sem falar que Chico Alencar (PSOL) pode criar uma opção para o que resta da esquerda pura.

Nenhum comentário: