quarta-feira, 20 de março de 2013

Banrisul e Sicredi perderam muito dinheiro na LBR


Desde que o BNDES apartou e colocou na coluna de créditos podres R$ 657,5 milhões devidos pela LBR, o maior complexo empresarial lácteo do Brasil, que no Rio Grande do Sul opera como a antiga Bom Gosto, o mercado que trabalha nessa área demonstra muito alarme. Dona de marcas Parmalat, Bom Gosto e Poços de Caldas, a LBR é uma das três maiores produtoras de leite do País, ao lado de DPA (joint venture entre Nestlé e Fonterra) e BRF.No ano passado, a empresa captou 1,3 bilhão de litros de leite e registrou um faturamento de R$ 2,4 bilhões no período, montante aquém dos R$ 4,5 bilhões projetados quando foi criada. A LBR tem uma dívida de cerca de R$ 1 bilhão. O caso ficou ainda mais dramático depois que a LBR pediu em juízo o direito de promover sua recuperação judicial, o que corresponde á antiga concordata. Como se sabe, em casos especiais como estes, os credores ficam a ver navios durante muito tempo. Alguns desses credores são gaúchos. Na lista que credores que publica no seu site, o grupo lácteo dividiu-os por categorias. Somando as dívidas, é possível encontrar nível de exposição muito grande de dois bancos do Rio Grande do Sul, o Banrisul, encalacrado em R$ 138,9 milhões, e o Sicredi, R$ 16,5 milhões. Nada que se compare aos R$ 339,2 milhões devidos ao BNDES,que é sócio da LBR. O BNDES patrocinou a criação da LBR no início de 2011, com um aporte de R$ 700 milhões. O banco estatal detém uma fatia de 30,28% no capital da empresa por meio de seu braço de participações. A carteira de créditos do Banrisul nunca foi investigada ou fiscalizada, pelo Tribunal de Contas e pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul. Se investigassem, iriam encontrar muita coisa no mínimo considerada "estranha".

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