terça-feira, 5 de março de 2013

Cardeais dizem que não farão conclave apressado


Cardeais católicos disseram nesta terça-feira que desejam ter tempo para se conhecerem melhor antes de elegerem um novo papa, e enquanto isso buscarão mais informações sobre um relatório secreto a respeito de supostos casos de corrupção no Vaticano. Quase 150 cardeais participaram do segundo dia das "congregações gerais", as reuniões que antecedem ao conclave que escolherá o sucessor de Bento 16, que renunciou em fevereiro. Pela lei eclesiástica, eles têm até 20 de março para iniciarem o conclave, mas uma antecipação é possível. Muitos observadores prevêem que o conclave, que terá a participação de 115 cardeais com menos de 80 anos, pode começar já no domingo, mas há crescentes sinais de que os "príncipes da Igreja" querem mais tempo para avaliar quem entre eles tem as melhores condições para conduzir uma instituição em época de crise. "Muitos cardeais estão preocupados de que, se não houver tempo suficiente gasto nas congregações gerais, o conclave pode se arrastar", disse o arcebispo de Boston, cardeal Sean O'Malley.
"Acho que a preferência deveria ser para termos suficientes discussões prévias, de modo a que, quando as pessoas forem para o conclave, elas já tenham uma idéia bastante boa sobre em quem vão votar", disse ele: "Essa é a decisão mais importante que alguns de nós tomaremos algum dia, e precisamos ter o tempo que for necessário". Daniel DiNardo, arcebispo de Galveston-Houston, disse que o conclave vai "demorar o tempo que demorar... ninguém quer apressar isso se puder não ser apressado". Os prelados, no entanto, têm dito que, na medida do possível, esperam que o novo papa esteja empossado antes do Domingo de Ramos, em 24 de março, para que eles possam voltar às suas arquidioceses a tempo de participar das celebrações da Semana Santa.

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