domingo, 3 de março de 2013

Caso Chalita – Mensagens sugerem espionagem durante sua gestão


Um conjunto de e-mails entregue pelo analista de sistemas Roberto Grobman ao Ministério Público sugere que um ex-diretor da FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação), subordinada à Secretaria da Educação de São Paulo, usou o cargo para fornecer informações internas do governo para um fornecedor, o grupo COC. A aparente espionagem, para Grobman, é prova da relação entre o deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP) e o COC na época em que ele foi secretário estadual da Educação (2002-2006). Chalita é investigado em 11 inquéritos da Promotoria por suspeita de corrupção e enriquecimento ilícito. Todos os inquéritos são baseados em depoimentos de Grobman, que diz ter sido assessor informal de Chalita. Os e-mails são trocados entre Milton Leme, diretor de tecnologia da FDE entre 2005 e 2006, e Chaim Zaher, dono do grupo educacional COC, vendido parcialmente em 2010. “Que absurdo, este é o projeto do COC… Este é o edital que me pediram para ver”, escreve Leme para Zaher em 27 de março de 2006. O assunto é a venda de dicionários eletrônicos para a FDE. “Vamos entrar na briga”, responde Zaher no dia seguinte. “Precisamos ver onde temos o dicionário eletrônico e (…) comprar urgente”. O ex-diretor da FDE Milton Leme diz que os e-mails entregues ao Ministério Público não foram escritos por ele. De acordo com o executivo, foi Roberto Grobman quem criou a conta no serviço de e-mail Gmail e escreveu as mensagens sobre projetos da FDE para Chaim Zaher.

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